E se... O Brasil fosse a maior potencia mundial?

Com o Brasil tomando o lugar da Grã-Bretanha como sexta maior potência econômica mundial, resolvi iniciar as postagens do Curiosarei com a seguinte questão: E se? O Brasil fosse a maior potência mundial?

Para começar nossas músicas seriam responsáveis por embalar o cotidiano da vasta população mundial. Ao ligar o som, o locutor diria: E agora, com vocês, o melhor do samba. E então clássicos como Alvorada de Cartola, Trem das Onze de Adoniran Barbosa e Com que Roupa de Noel Rosa, seriam as mais tocadas. Nossas danças seriam bem conhecidas e existiriam classes de forró e frevo espalhas aos quatro cantos. Nas boates o funk ecoaria sem discriminação, a juventude mundial enlouqueceria só de ouvir um “Quer dançar? Quer dançar? O tigrão vai te ensinar”. Carlos Drummond de Andrade e Machado de Assis seriam leituras obrigatórias em várias universidades. E o português claro, a língua mais importante do mundo, muitas pessoas o teriam ao menos como segunda língua. As nossas gírias seriam empregadas das mais diversas formas pelo mundo, “Hey véi, a hot dog da hora please”, “E aê? Él es tu mano?”. E também iríamos ditar a moda mundial, um par de Havainas seria...

...indispensável em qualquer guarda-roupas.

A feijoada seria servida nos mais diversos estabelecimentos e o fast-food brasileiro espalhado aos milhares! Pão de queijo, coxinha e pastel delivery. E claro, cerveja, muita cerveja e caipirinha para animar as boates e os “Bar do Zé”, nome do mais famoso bar brasileiro com franquias espalhadas por todo o mundo. Pub Inglês? Não, Boteco Brasileiro!

E esse processo para um Brasil poderoso seria iniciado há séculos atrás e provavelmente nossas delimitações territoriais poderiam hoje ser um pouco diferentes. Teríamos ao menos um pedacinho de chão que nos levaria ao Oceano Pacífico, fazendo com que pudéssemos ter controle total da América do sul, e assim escoar nossos produtos tupiniquins para ambos os lados da geografia sul-americana sem depender de nenhum outro país. Provavelmente a Cisplatina ainda seria nossa, um lugar onde os brasileiros viajariam para aprender espanhol sem maiores custos. Provavelmente as fronteiras do Paraguai à Guiana Francesa seriam constantemente vigiadas, talvez até mesmo muros surgiriam para proteger nossas fronteiras de contrabandistas e desempregados de outros países que iriam buscar oportunidades em nossas terras.  

As nossas cidades seriam bem estruturadas. Favelas, poderiam até existir, mas em quantidade bem menor e bem menos violentas, isso porque o Estado teria um papel realmente ativo para repreender qualquer grupo que pudesse inviabilizar a segurança e governança nacional e ainda seria responsável por gerar empregos e daria maior assistência social a estas populações.  São Paulo seria conhecida mundialmente pelas enormes torres gêmeas Mirante do Vale e, como na realidade, seria o motor econômico do páis. Bairros de estrangeiros se espalhariam pelas grandes cidades. Brasília o centro do poder mundial.

O transporte público seria de ótima qualidade, metrôs varreriam as maiores capitais do país, interligando sistemas de trem que por sua vez, conectariam nossas principais cidades. Sim! O principal sistema utilizado para escoar mercadorias seria feito através de ferrovias e não rodovias, já que dadas as dimensões continentais de nosso país, a escolha pelas rodovias seria estúpida (e é).

A Agência Espacial Brasileira seria admirada e responsável pela maior parte das pesquisas espaciais realizadas. Marcos Pontes, seria apenas mais um astronauta brasileiro. Patentes e novas tecnologias surgiriam aos milhares. E diversos Brasileiros iriam trabalhar neste dinâmico setor.

Talvez não teríamos bombas atômicas, mas teríamos um devastador exército, que atuaria sempre que fosse preciso garantir os interesses brasileiros, embora, a diplomacia fosse ainda a maior força política de nosso país. O jeitinho brasileiro no poder de convencer seria uma grande arma (claro apoiada por armas de verdade). Mas sim, seríamos uma potência da paz, que iria preferir a utilização do soft-power.

Bom, esse cenário hipotético pode um dia se tornar verdade? Pode. Ainda mais com nossa economia avançando a passos largos. Mas se vocês me perguntarem se gostei que o Brasil tenha ultrapassado a Grã-Bretanha como sexta maior economia mundial? Sim, gostei, mas preferiria que o Brasil fosse ao menos a sexta economia no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Atenção: A copia deste artigo é permitida. Mas lembre-se de dar os devidos créditos.